quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Sobre estórias e memórias!

Onde estão as minhas estórias? Cheguei a pensar que tinham sido roubadas, ou furtadas da minha memória! Ou é a minha memória que já não há? Comecei a procurar, a buscar e a abrir cada sala, cada mala, cada espaço que há! Achei uma, bem pequinininha! Que pena, esta não era minha!
Continuei a minha busca e, depois de tanto procurar em minha infância fui parar: quem sabe aqui poderei encontrar? Com certeza não há como errar, afinal, infância é lugar de estória morar. E assim continuei minha busca sem parar. Ja quase a desesperar, pude enfim encontrar! Estão aqui! Sim, todas elas bem guardadas, embrulhadas, algumas um pouco empoeiradas, cansadas de tanto esperar alguém chegar para contá-las. Comecei então a abrir uma a uma e num instante percebi, quantas cores, quantos sabores e quantos amores que já nem me lembrava mais! São estórias de criança de alguém que já não sou mais.

Não consigo descrever o sentimento, a alegria, e a euforia que vivi naquele dia. Não posso esconder também a dor e o pesar de saber que, por tanto tempo, elas ficaram tão sozinhas, tão guardadas a me esperar. Ainda bem que o tempo não conseguiu apagar. Ainda há muitas estórias que poderei contar. E o bom da estória é que, quando achamos uma, outras aparecem para comemorar! E assim, no final de uma estória, muitas outras estórias há.
Foi só começar contar que apareceram minhas estórias de adolescer, que são estórias de crescer e de aprender a viver; estórias de lugares e pessoas especiais; de fantasias, de vontades de sonhos e muito mais, não dou conta de contar. Vou guardar bem as chaves. Porque vou querer voltar, visitar cada uma e assim, devagar e com calma, poder uma a uma, contar e recontar.

2 comentários:

Blog da Clara Allicia disse...

Que bom Tia.Deus permitiu que as encontrasem logo.
Beijos.
Clara!

Naildir disse...

Obrigada querida... eu também estou feliz!! Bjos